sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Casarios, tempo, tempo, tempo, tempo...

Ai a lua!!!
Fui andando pela cidade
sentindo o arrepio que é isso tudo hoje.
Senti cheiro de môfo, de tudo vazio... passei por cheiros de clóro,
e claro, muitos outros inodóros que expandem-se pelo espaço.
Sangrei com os casarios, rolei tal como Crubixais pelas esquinas, enfim, chorei...
Chorei ao ver a depreciação, a rua direita com vergonha de ser quem é.
A rua da estação risonha só na espreita de voltar aos holofotes e a rua da praia tá com uma cara triste e pesada de dar dó.
É triste, é pesado... mas é verdade.
Ai a lua!!!
A cidade andou
já nem dá pra sentir
mas a vida aqui já foi muito calma.
Casarios estão por aí pra provar... São varandões espraiados em volta das casas,
muito quintal, casas simples, janelas bem resolvidas, num fim de tarde era certo...
Lá estavam as cadeiras na beira da calçada.
Ah tempo, tempo, tempo, tempo... E eu não sou tão pouco novo asssim.

Rubinho - da série "Elocubrações passadas à limpo"

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