domingo, 29 de agosto de 2010

Meu mais recente release

Rúben Pereira - Rubinho

Musico, Pesquisador de Música Popular e Memória Regional, Diretor de Departamento Histórico da Sociedade Musical Nova Aurora, integrante do Coletivo Só Pra Moer, Presidente da Associação Civil(OSCIP) USINA de Fomento Cultural, Idealizador e Diretor Artístico do Festival Cultural Benedicto Lacerda e Diretor Cultural da AABB Macaé.

Neto do poeta, memorialista e bibliotecário Ruben de Almeida Pereira e do antigo comerciante macaense Cláudio Gonçalves, filho do funcionário público, ex-vereador e grande batalhador por Macaé nos anos 80 Rubem Almeida e de Lelene Gonçalves, Rubinho, como é mais conhecido, é violonista, compositor, professor de violão, poeta, contista, um pesquisador incansável da música popular do Brasil, um sincero "fuçador" dos arquivos mais remotos, um fomentador da memória social e cultural. Aluno de grandes mestres da Música Popular do Brasil como Mauricio Carrilho, Dino 7 cordas e Luis Otávio Braga. Profundo conhecedor da história de Macaé e região. Um dos criadores da Roda Rio de Choro que acontece em Rio das Ostras na Praça á beira mar domingo sim domingo não há mais de um ano, morador da Lapa carioca de 2001 a 2008 participou de toda transformação que o bairro tem passado nesses últimos anos.

Atualmente Rúben Pereira, ou como o próprio prefere Rubinho, está de volta a sua terra natal e dá continuidade a sua batalha acerca da memória da cidade trazendo á tona nomes como Benedicto Lacerda, Viriato, Seth, Figueiredo Pimentel, Luiz Barbosa, Hindemburgo Olive, Tonito, Jean de Léry e muitos outros que habitam seu binóculo vasto de pesquisa.

Com o Coletivo Só Pra Moer tem tocado por toda região de Macaé com enorme sucesso mostrando um repertório que passa a limpo músicas de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Viriato, Benedicto Lacerda, Paulinho da viola, Cartola, Baden Powell, Vinicius de Moraes além de composições próprias de integrantes do Coletivo.

Como Idealizador e Diretor Artístico do Festival Cultural Benedicto Lacerda realizou 3 edições do Festival nos anos 2008, 2009 e 2010 trazendo a Macaé nomes como Zé da Velha e Silvério Pontes, Época de Ouro e Sérgio Cabral, Galo Preto, Mauricio Carrilho Sexteto e fomentando os grupos da região como Palafta, Bico da Coruja, Nova Aurora, Lyra dos Conspiradores, Zé Rangel, Coletivo Só Pra Moer, Regra 3, Lene Moraes, 2x4, Lita Lopes, Thaís Macedo, As Seresteiras, Atlantico, Os Matutos de Cordeiro, Jorge Benzê, e Camerata Petrobras.

Recentemente firmou uma parceria de seu grupo Coletico Só Pra Moer com a Associação Atlética Banco do Brasil - AABB Macaé para fomento das atividades culturais, levando para o clube a Usina de Fomento Cultural para ser parceira e tornando-se, após convite do Presidente Leobino Ribeiro, diretor cultural do clube.

AIC assessoria

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Casarios, tempo, tempo, tempo, tempo...

Ai a lua!!!
Fui andando pela cidade
sentindo o arrepio que é isso tudo hoje.
Senti cheiro de môfo, de tudo vazio... passei por cheiros de clóro,
e claro, muitos outros inodóros que expandem-se pelo espaço.
Sangrei com os casarios, rolei tal como Crubixais pelas esquinas, enfim, chorei...
Chorei ao ver a depreciação, a rua direita com vergonha de ser quem é.
A rua da estação risonha só na espreita de voltar aos holofotes e a rua da praia tá com uma cara triste e pesada de dar dó.
É triste, é pesado... mas é verdade.
Ai a lua!!!
A cidade andou
já nem dá pra sentir
mas a vida aqui já foi muito calma.
Casarios estão por aí pra provar... São varandões espraiados em volta das casas,
muito quintal, casas simples, janelas bem resolvidas, num fim de tarde era certo...
Lá estavam as cadeiras na beira da calçada.
Ah tempo, tempo, tempo, tempo... E eu não sou tão pouco novo asssim.

Rubinho - da série "Elocubrações passadas à limpo"

Luz, frestas, descobertas e Multidões

Olho por entre a concha de minhas mãos.
Faz frio mas o sol vai alto.
Tento olhar mas a poeira...
Vento não há, mas a poeira...
Depois de tanta fumaça e som vindo em minha direção começo a vislumbrar um tirano.
Um tirano em uma égua e por detrás dele uma boiada que nem cabe na vista.
Ao me ver o tirano oferece água, quer saber da "tenda do "Seu", tá doido por um "coice de mula", uma cachacinha...
Com três rodadas pra lá e pra cá do alto de seu "ginetão" ele pára o rebanho, deixa todos animais iguais "estáuta", paradinhos...
Falo em "nhô bento" e seus olhos babam ao saber que por ali há boa cana. De repente ele grita:
"ôôôôÔÔÔÔôô boi" e respira fundo a buscar mais ar e lá do fundo tira novo grito: "ÊêÊÊÊêêêê boiada rrhaaaiii!!!" E lá se vai com toda boiada a o acompanhar.
Mais tarde Nhô Bento dando um trago me falou que eu tinha acabado de ouvir um autêntico "aboio".

Rubinho - Da série "Direto do Barro do chão"

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Poesias, fitas, amoreiras e sombras

Tudo retumba.
Os olhos já nem enxergam,
Lacrimejam.
A alma se põe em posição fetal,
O corpo adormece...
Ao longe viola relampeia,
passos no barro ficam cada vez mais presentes,
o tilintar de um sino de som ôco já me toma os ouvidos e...
Quando abro os olhos vejo um grupo com fitas, chapéus, violões,
Roupas muito simples e coloridas, uma sanfona, um cavaquinho, um monstro a que eles chamam "palhaço"...
São os Foliões... É a folia de reis...
Nobres vates a nos visitar.

Rubinho - Da série "Direto do Barro do chão"

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cidadão sim e com muito orgulho!

Quando me perguntam qual é a minha intenção com tanta preocupação com a memória local e regional eu logo respondo que é antes de mais nada meu grito de cidadão, é meu quintal aí em jogo. Mas deixo também muito claro que é um movimento puramente de sociedade civil. Engraçado mas é estranho para muitos que um jovem queira atuar como protagonista de sua cidadania. É engraçado e estranho mas serve pra nos mostra o quão está defeito o fator cidadão, a atuação na comunidade sem esperar nenhum bônus político. Também todos agentes da comunidade que apareceram nas últimas décadas se locupletaram com os "podres políticos" e tornaram-se mais um entre a "corja de safados que estão destruindo nossa região".
Sou cidadão, Sou Musico, Sou Sociedade civil e com muito orgulho.