Coletivo porque? Bem "coletivo" é simplesmente um termo que significa a união de individuos de uma mesma espécie em torno de um mesmo objetivo.
E tem mais, sermos um "coletivo" abre um campo pra nós infindável. Podemos trabalhar com diferentes formações, com todos elementos do coletivo ou não, podemos trabalhar a expressão solo de cada membro do coletivo acompanhado pelo coletivo e com a força de todos, podemos atuar como um coletivo de produção, um coletivo de criação de trilha musical pra teatro, cinema... Podemos e devemos tanta coisa que 24 horas tá sendo pouco por dia.
Explicado o porquê do termo "Coletivo". Agora vamos ao Só Pra Moer.
Quando nos reunimos o repertório de polcas e maxixes logo se evidenciou e começamos a discutir um nome que tivesse intimamente ligado a nossa região, ao choro, a tudo que estávamos começando a fazer juntos. Foi aí que propus fazermos uma homenagem a Viriato, o flautista considerado um dos pais do Choro no Brasil.
Viriato nasceu em Macaé em 1851. Filho de pais escravos, da primeira geração que nasceu sob a lei do ventre livre. Tornou-se flautista e marcou o século XIX na Imperial cidade do Rio de Janeiro. Um virtuose, Compositor inspirado, amado pela massa, criador de "choratas" célebres com Callado, Chiquinha, Juca Valle, Mesquita... E Viriato tem uma polca que é considerada uma das musicas mais belas do repertório do choro, a primeira polca em tom menor da história do gênero. O nome dela? Só Para Moer. Então fomos atrás de uns manuscritos que tenho copiado do acervo fabuloso de Mauricio Carrilho e Anna Paes e achamos o manuscrito com o titulo "Só Pra Moer". Podia ser até uma daquelas cópias que o copista não prestou bem atenção ao título e tascou a parceria. Erro mesmo, como tem valsas grafadas em manuscritos muito antigos como: Valça. Mas gostamos demais da expressão "Só Pra Moer".
Assim nasceu o COLETIVO SÓ PRA MOER. União de talentos, homenagem e profundo respeito a Viriato, preocupação com nossa memória regional e muita vontade de fazer a diferença.
O guru citado é o Adão de Xalebaredã(??). Essa expressão é citada num documentário. Não me lembro o nome!!?@%$#@!!
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