segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Lapa, Casa da cachaça e arredores

Fui morar na Lapa em 2002, ali na Av. Gomes Freire 788 - 910, Edificio Gomes Freire. Bem no ponto pra Santa Tereza. Porém frequento aquele quadrilátero desde 1998. Fui algumas vezes na roda do Lavradio 100 ás quartas feiras, lá que conheci Paulão 7 cordas, Camunguelo, Galloti, Luis Felipe, Walter Alfaiate, Ronaldo, Wilson Moreira, A tuirma do Dobrando a esquina, Rubinho Jacobina, Moacir Luz... Estudei nos primeiros anos da Oficina de Choro na UFRJ com Mauricio Carrilho, Luciana Rabello, Pedro Amorim, Jorginho do Pandeiro, Altamiro Carrilho, Álvaro Carrilho, Celsinho, Rui Alvim, Paulo e Pedro Aragão ... Conheci e toquei no finalzinho do Arco da Velha, embaixo dos arcos. Vi o Semente abrir, o Carioca da gema, o renascer do Clube dos Democráticos, vi o carnaval de rua esquentar e melhorar a cada ano, Fui nas rodas que sempre rolavam no Sobrenatural, Frequentei muito a roda de terça-feira do Bip Bip, só não peguei o tempo de Mandrake em botafogo, mas vi toda transformação da Lapa no que ela é hoje.
Agora nada me foi tão fascinante como conhecer "Seu Osvaldo" e sua Casa da Cachaça.


Foi um achado. Um delírio. Uma fantasia. A Casa da Cachaça é a primeira vendinha do centro do Rio de Janeiro a usar esse nome e ter uma dedicação tão nobre. Vender cachaça Boa. É um buraquinho na Mem de sá, escondido ali no Largo do Bonde(hoje chamado Praça João Pessoa, fica entre a Mem de Sá e a AV. Gomes Freire). Ponto famoso por ser ponto final de bondes esse espaço tem mil histórias que aos poucos vou contar aqui. Agora a descoberta daquele Oásis Mineiro ali embaixo de casa mudou tudo. Foi um aprendizado, um sorver de conhecimentos, de estórias causos e muita cana, lógico. Foram muitas provas, muitas manhãs, tardes e noites aprendendo com o povo da "Casa".


Um comentário:

  1. Está faltando Seu Oswaldo. Semana passada entrei lá, estava cheio de jovens. Tudo bem. Só que pedi a menina que atendia para ver uma garrafa de Rainha do Vale, que estava pendurada no arame.Moro em Juiz de Fora e é a minha cachaça preferida, não exclusiva. A resposta da menina nos deixou, minha mulher e eu, estupefatos: - Não, aquela ali não, é muito cara, não é para o senhor não.
    PS. Ela não sabe, nem poderia saber, que no Bar Procopão, em Juiz de Fora, uma dose de Havana envelhecida custa R$49,90. Ao que nos leva esse delicioso e fascinante hábito.

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