domingo, 16 de janeiro de 2011

Pelas avenidas da memória... meu cerebelo voa...

Uma rua foi me chamando, e, eu como curioso convidado, adentrei-a.
Andei por toda sua extensão, olhei nas frestas dos muros, entrei em terrenos baldios, mergulhei em pântanos...
Catei jambos, maracujás, amoras e rosas... Tomei tombos...
Mas sempre continuei a andar...
Andei, andei... e então... sem pensar, pus-me a voar... voei como nunca antes ousara.
Minha cabeça passava toda rua a limpo de uma altura de uns 3 metros ou mais, e eu ali, sentindo os pés ainda no chão.
Voei... Fui longe.
Vi que a rua era uma avenida em minha memória, antevi o pouso atrevido de meu devaneio e posterguei...
 Deixei rolar... com uma esticada de pescoço me adiantei no ar por uns 2000 metros adiante.
Mas e a rua? A avenida na memória?
Essa rua, bem traçada e com dom para ser marginal?
... ?
Donde voas inda a vê?
Ela ainda te chama?
...
Esqueça não, a memória é o "slide" da alma que passa bem no coração e a rua é o cérebro a pavimentar a cria e a re-criação.
Na avenida de meu cerebelo já nem ando não... agora vôo!!!
E quero segurar sua mão pra voar aqui no alto comigo, ...
mas sempre com os pés no chão. 

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